Polícia Civil do Piauí, por meio da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), deu cumprimento, na manhã desta sexta-feira (26), a mandado de prisão preventiva contra empresário Monteiro, dono de uma escola particular, localizada no bairro Ilhotas, na zona Sul de Teresina.
Ele é acusado de estupro de vulnerável tendo como vítimas três crianças com idades entre oito e doze anos. O gerente das Delegacias Especializadas, delegado Jetan Pinheiro, acompanhou a prisão do acusado.
De acordo com ele, o estupro de vulnerável foi confirmado. “Esse inquérito foi aberto há dois meses devido a denúncias de que ocorreriam abusos de crianças dentro dessa escola. As delegadas da DPCA abriram esse inquérito, foram colhidos as declarações das vítimas, foi feito exame lúdico e constatado que aconteceu esse estupro de vulnerável. Esse é um tipo de crime que temos zelo, geralmente são crimes que acontecem no anonimato, e com a palavra das vítimas tem uma certa relevância, são três vítimas e por isso decidimos pelo indiciamento, todos os estupros aconteceram dentro da escola”, afirmou.
O gerente das Delegacias Especializadas, delegado Jetan Pinheiro, acompanhou a prisão do acusado. (Crédito: Efrém Ribeiro)
O delegado Jetan Pinheiro, da Secretaria Estadual de Segurança Pública, afirmou que o empresário foi preso às 6h, em sua casa, localizada ao lado da escola, e levado para a Polinter. O inquérito foi concluído após três meses de investigação.
Jetan disse que o suspeito levava as vítimas para a sua sala e fazia o abuso sexual, mas sem conjunção carnal. O delegado afirma que a denúncia foi feita por uma mãe de uma criança que sofreu o abuso.
A Delegacia da Criança e Adolescente ainda chegou a fazer busca e apreensão no colégio, onde foram levados computadores, arquivos de dados, que estão sendo periciados.
“Há aproximadamente seis meses, uma mãe e o Conselho Tutelar, procuraram a DPCA e fizeram a denúncia, o inquérito foi aberto. No decorrer das investigações, apareceram mais duas vítimas. Solicitamos uma busca e apreensão. Pegamos computadores, notebooks, celulares. Pegamos a declaração das vítimas e dos pais. Também foi feito o exame lúdico-terapeutico. As declarações são fortes. Como aconteceu com menores de 12 anos, qualquer toque já simboliza estupro de vulnerável”, declarou o delegado Jetan Pinheiro.
“É um crime muito complexo, pois envolve crianças e adolescentes. Não há testemunhas, por isso, a palavra das vítimas tem uma certa relevância, mas não podemos ser irresponsáveis, procuramos depoimentos de professores sobre o comportamento do acusado. Há um forte indício da prática do crime”, falou Jetan.
O suspeito da escola negou as acusações e se diz vítima de um complô da mãe de uma das alunas.
O delegado declara que a suspeita veio após a direção proibir os professores de falarem com as mães. “As vítimas estão abaladas. Imagine colocar seu filho em uma escola e acontecer um fato desse? A DPCA é muito carregada. Toda semana, acontece esse tipo de abuso em Teresina. Isso é triste, pois o crime vem de pessoas mais próximas da criança, com tios, padrastos e até o próprio pai”, afirma.
FONTE: MN
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